Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral do Distrito Federal no sistema de transporte público da capital apontou prejuízos de R$ 80,1 milhões para os cofres públicos. Em 2015, ocorreram 4,2 mil viagens suspeitas e mais de 360 mil operações de deficientes inválidas, segundo o levantamento, concluído no ano passado. Houve trajeto em que 75,83% dos passageiros eram deficientes, 23,22% eram estudantes e apenas 0,95% dos passageiros, pagantes. “Conclui-se dessa forma que esses turnos foram montados com a única finalidade de descarregar cartões”, diz um trecho da auditoria.
O mesmo levantamento da Controladoria também apontou erro de estimativa entre os quantitativos de passageiros transportados e de quilômetros percorridos, apontados nos estudos que subsidiaram a licitação. Isso motivou uma revisão tarifária e aumento de despesas. Entre julho de 2013 e julho de 2015, dos R$ 238 milhões custeado pelo GDF, o governo repassou indevidamente R$ 43,7 milhões às empresas operadoras do sistema como subsídio, de acordo com a auditoria.
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