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Onibus DF Crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press auditoria ônibus

Assessora suspeita de repassar informações de CPI a investigados pede exoneração

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A assessora parlamentar Mara Viegas pediu exoneração da Câmara Legislativa pouco menos de um mês depois de a Polícia Civil cumprir mandados de busca e apreensão na casa dela e no gabinete do deputado Ricardo Vale (PT), onde ela estava lotada desde o início do mandato, sob a suspeita de que a jornalista tenha vazado informações privilegiadas da CPI do Transporte — da qual Vale é integrante — para investigados. O pedido está registrado no Diário da Câmara Legislativa desta terça-feira (23/2).

A operação, realizada em 27 de janeiro, aconteceu dois dias após a Justiça decretar a suspensão do certame que renovou a frota de ônibus do DF, em 2012. As abordagens abrangeram três cidades: Brasília, Alexânia (GO) e Curitiba (PR). Na capital paranaense, os alvos foram o escritório e a casa do advogado Sacha Reck, acusado de atuar como consultor da licitação enquanto advogava para empresas que saíram vencedoras na concorrência. Já na cidade goiana, a polícia esteve na residência do presidente da Comissão de Licitação, Galeno Furtado Monte. No DF, além de Mara, a polícia esteve na casa do ex-secretário de Transporte José Walter Vazquez.

A polêmica licitação custou R$ 7,8 bilhões. O então governador, Agnelo Queiroz (PT), vendia as mudanças no transporte público como um marco na luta contra “os barões do transporte”. Na campanha pela reeleição, em 2014, em que o petista acabou derrotado em primeiro turno, ele usou o certame como bandeira. Três anos após a mudança, a concorrência é alvo da Justiça, da Polícia Civil e da Câmara Legislativa, em comissão formada no ano passado — e ainda não finalizada — para investigar supostas irregularidades no processo.

CLDF/Reprodução
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