O ex-governador Agnelo Queiroz entrou com uma queixa-crime contra um professor que falou mal de sua gestão na internet. O processo foi aberto na 3ª Vara Criminal de Brasília e, na última terça-feira, o Tribunal de Justiça realizou uma audiência de conciliação. Depois da sessão, Marcos Bau Brandão, que é professor de geografia em uma escola particular, postou uma nota de desagravo nas redes sociais.
“Venho me retratar quanto às expressões e fatos publicados, bem como retirar os textos alusivos ao Dr. Agnelo Santos Queiroz Filho, ex-governador do Distrito Federal. Tal retratação se dá especialmente no tocante aos seguintes tópicos: não é corrupto, não é ladrão famoso, não é vagabundo, não faz todo mundo de otário, não praticou roubo, não deixou rombo impagável em seu governo, não é um canalha, não exerceu um governo corrupto”.
“Não é correta a afirmação quanto à ausência de caráter, não é patife, não praticou subtração ao erário, não se prevaleceu do cargo público para obter vantagem pessoal. São inverídicas as afirmações referentes aos supostos parentes do ex-governador, não é verdade que foi premiado pela cúpula do PT para trabalhar na Universidade aberta do SUS da Fiocruz de Brasília”, acrescentou Marcos Bau.
Agnelo recorreu à Justiça em outubro passado, com a alegação de que teria sido vítima de calúnia, difamação e injúria. O juiz Francisco Antônio Alves de Oliveira manteve o processo em uma vara criminal e decidiu não mandar o caso para um juizado especial criminal. “A conduta imputada ao querelado na presente queixa-crime não é de menor potencial ofensivo, uma vez que a soma das penas máximas abstratamente cominadas ultrapassa ultrapassa o patamar de dois anos”, alegou o magistrado.