Agente e policial militar são presos por extorsão

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

Um agente da Polícia Civil do DF que atua na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) foi preso nesta manhã (29/11) sob suspeita de extorquir criminosos alvos de mandados de prisão. Há indícios de que agia em parceria com um policial militar reformado que também teve a prisão temporária decretada, mas já cumpre preventiva pela prática de outros crimes.

O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal deflagraram a Operação Joio nesta manhã (29/11), em cumprimento a mandados de prisão temporária contra o policial civil Marcelo da Costa Souza e contra o policial militar reformado Jorge Alves dos Santos, expedidos pela 1a Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF.

Por unanimidade, os desembargadores decretaram a prisão temporária dos policiais no julgamento de recurso do Ministério Público.

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do policial Marcelo e na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), onde o agente da Polícia Civil trabalha.

Os policiais são suspeitos de integrarem uma associação criminosa para a prática de crimes de extorsão. As vítimas são pessoas com mandados de prisão em aberto.

Investigação apontou que, com a informação dos mandados de prisão, os policiais buscam a pessoa e passavam a extorqui-la.

Eles exigem dinheiro sob a ameaça de cumprirem o mandado de prisão caso o valor não seja levantado.

No Ministério Público do DF, a Operação foi batizada como Orcus. Na mitologia romana, era o deus do submundo, punidor daqueles que quebravam juramentos.

Veja a nota da Polícia Civil do DF:

*OPERAÇÃO JOIO*

A Corregedoria-Geral de Polícia Civil do DF cumpriu nesta quarta (29) mandado de prisão temporária, em desfavor de um agente de polícia lotado no Departamento de Polícia Especializada. Também foram cumpridos mandados de busca na residência e no local de trabalho do policial.

As investigações foram, desde o início, conduzidas por delegados da CGP.

O cumprimento dos mandados foi acompanhado por membros do MPDFT.

As investigações seguem em sigilo na Corregedoria.