MPDFT denuncia 8 envolvidos no UTIgate

MPDFT denuncia cinco deputados distritais envolvidos no UTIgate

Publicado em CB.Poder

O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) denunciou, nesta segunda-feira (21/11), a presidente afastada da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS); os deputados distritais membros da Mesa Diretora Júlio César (PRB), Bispo Renato Andrade (PR) e Raimundo Ribeiro (PPS), além de Cristiano Araújo (PSD), por corrupção passiva, devido ao suposto envolvimento no esquema conhecido como UTIgate. O órgão pediu ao Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), ainda, o afastamento cautelar dos cinco parlamentares dos mandatos.

O ex-secretário geral da Mesa Diretora, Valério Campos; o ex-diretor do Fundo de Saúde do DF, Ricardo Cardoso dos Santos; e o secretário da 3ª Secretaria, Alexandre Braga Cerqueira, também são alvos da acusação.

De acordo com o MPDFT, os deputados distritais e Valério Campos teriam pedido propina à Associação dos Construtores e às empresas de saúde; por isso, foram denunciados duas vezes.

As acusações derivam da Operação Drácon, deflagrada em 23 de agosto, dedicada à investigação de um suposto esquema de uso de emenda parlamentar para o pagamento de dívidas do GDF com UTIs, mediante a cobrança de propina.

Afastados

Todos os integrantes da cúpula do Legislativo local foram afastados dos cargos em 23 de agosto. O Conselho Especial do TJDFT, porém, autorizou, por 11 votos a 10, o retorno de Raimundo Ribeiro (PPS) à 1ª secretaria. O benefício estendeu-se aos titulares da 2ª e 3ª secretarias, Julio Cesar (PRB) e Bispo Renato Andrade (PR). “Quando a decisão impugnada foi proferida, o afastamento dos componentes da Mesa Diretora da Câmara Legislativa se fazia necessário para viabilizar o êxito das diligências que deveriam ser perpetradas no âmbito da própria sede do Parlamento Distrital. Agora, todavia, quando já houve o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, condução coercitiva, bem como de escuta ambiental, não mais se justifica”, descreve o acórdão. Na oportunidade, os desembargadores mantiveram o distanciamento de Celina Leão, por 11 a 9.