Designado pelo governador Rodrigo Rollemberg para comandar as negociações com representantes da Polícia Civil, o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, apresentou nesta manhã (02) um panorama das contas públicas para sindicatos e integrantes da direção da corporação.
Sampaio deixou claro que Rollemberg considera justa a reivindicação dos policiais civis, principalmente porque se trata de uma reposição salarial. Nos últimos anos, o GDF concedeu aumentos a várias categorias, mas deixou a Polícia Civil de fora justamente pela paridade com a Polícia Federal. “Fizemos uma proposta dentro do possível, reconhecendo a importância da Polícia Civil e as condições das finanças do GDF”, disse Sampaio.
O último reajuste, de 15%, foi concedido em 2012, dividido em três parcelas. A última, de 5%, incidiu sobre os salários de policiais civis em janeiro do ano passado.
Segundo o chefe da Casa Civil, hoje o orçamento do DF é de R$ 32 bilhões, sendo que 81%, considerando o Fundo Constitucional, são destinados a pagamento da folha de pessoal. Sobram menos de R$ 6 bilhões para pagar o subsídio do transporte público, que representa R$ 1,1 bilhão, programas sociais e investimentos. “A situação é bem difícil”, descreveu Sampaio.
O impacto do reajuste da Polícia Civil em 2017 será de R$450 milhões, caso entre em vigor a partir de janeiro. “Propusemos que o primeiro reajuste seja concedido a partir dos últimos meses do ano para reduzir o impacto e termos condições de pagar. Já estamos com muita dificuldade para fechar as contas neste ano”, explicou.
Nesta manhã, Sampaio foi o porta-voz da proposta do governo para a Polícia Civil: 7% a partir de outubro de 2017, 10% a partir de outubro de 2018 e 10% a partir de outubro de 2019.
Os sindicatos da Polícia Civil não aceitaram. A partir de 18h30 desta terça-feira (02) haverá uma nova reunião, para apresentação de uma contraproposta das entidades.