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“Transformar Juntos” abre caminho para mais fomento aos pequenos negócios

Publicado em Coluna Capital S/A

Coluna Capital S/A de 24 de julho 

Por Samanta Sallum

Brasília está sediando o “Transformar Juntos 2025”, um evento do Sebrae gratuito e aberto ao público, que está debatendo o desenvolvimento territorial, sustentabilidade e inovação. Com 70 atividades programadas que começaram ontem e se estendem até amanhã, no Royal Tulip, o encontro é voltado principalmente para agentes de desenvolvimento, gestores públicos e atores de prefeituras e governos estaduais, mas qualquer interessado pode se inscrever pelo site do evento.

Associativismo e moeda social

Entre os temas abordados, estão associativismo, bancos comunitários e moedas sociais. A sustentabilidade é o pilar central, com discussões sobre transição energética justa, resiliência climática e cidades inteligentes. O empreendedorismo como política de governo também é  destaque, reforçando a importância da iniciativa privada no desenvolvimento local.

Comunidades quilombolas

Entre os palestrantes confirmados, o evento contará com a presença de Leandro Grass, presidente do Iphan, que abordará o tombamento de comunidades quilombolas e sua proteção legal.


Empório de expositores regionais

Uma novidade desta edição é o empório de expositores, que trará produtos com indicação geográfica de diversas regiões do Brasil. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer e adquirir esses produtos durante os três dias do evento, valorizando a produção local e a riqueza cultural do país.

Participação do ministro do Turismo

O ministro do Turismo, Celso Sabino, durante participação no Transformar Juntos, destacou que o país já reúne um amplo conjunto de experiências com ecoturismo sustentável e turismo de base comunitária, consolidando sua posição como referência internacional no setor, com apoio do Sebrae.

“Transformar Juntos é uma expressão daquilo que podemos definir como um estado social. Quanto mais abelha, mais mel. Reunimos gestores que possam incluir a pequena economia no mercado”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Tarifa de 50% dos EUA impõe cenário de inflação alta e crédito apertado

O quadro ficou mais nebuloso depois de 9 de julho, quando Washington anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. O dólar se valorizou de imediato, encarecendo insumos e devendo aparecer gradualmente nos preços ao consumidor ao longo do segundo semestre. A combinação de real mais fraco, serviços ainda pressionados e energia elétrica em alta — a conta de luz subiu 2,96% em junho, puxando o grupo habitação para 0,98% — mantém o poder de compra apertado e limita espaço para uma recuperação mais firme do consumo.

Diante desse ambiente, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo preserva suas projeções para o IPCA, que deve encerrar 2025 em 4,4%, acima do centro da meta.

Renda real comprimida

O Banco Central não encontrará espaço seguro para cortes enquanto os núcleos de inflação não cederem de forma consistente. Segundo a CNC, mesmo que parte da produção que seria exportada para os EUA volte-se ao mercado interno, a renda real comprimida, o crédito caro e os serviços com custo elevado persistente compõem um cenário que segue exigindo cautela do setor terciário.

Para economista, Brasil pode exportar know how em enfrentamento de crise econômica 

“Os EUA são uma potência em decadência e não estão sabendo administrar isso. Trump é um ególatra. E a melhor forma de lidar com ele é ignorar. Não vale a pena o Brasil retaliar comercialmente e intensificar a escalada de tarifas. O Brasil tem outras saídas para se resolver e amenizar os impactos. O país se saiu bem na crise internacional de 2008 e na crise mundial da pandemia de covid-19. Temos instrumentos para enfrentar a situação de agora”, disse o professor do Departamento de Economia da UnB José Luís Oreiro, em entrevista ao CB Poder, ontem.

Acompanhe a Capital S/A na TV Brasília todas as terças e quintas-feiras, 18h30, no JL ao vivo.

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