Por Samanta Sallum
A Associação Nacional de Bares e Restaurantes criticou a decisão judicial que permite ao iFood manter os benefícios do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O Perse, aprovado pelo Congresso em 2021, foi criado com o objetivo de apoiar na recuperação de setores duramente atingidos pela pandemia, como o de eventos e alimentação fora do lar, para ajudar esses negócios a se reerguerem .
“É um absurdo que empresas que tiveram um crescimento significativo durante a pandemia estejam tentando se beneficiar de recursos públicos destinados a setores que ainda estão se recuperando. A ética empresarial e a responsabilidade social são questões importantes, e é essencial que as empresas considerem o impacto de suas ações na sociedade como um todo”, afirma Beto Pinheiro, presidente da Abrasel-DF.
A nova fase do Perse possui um teto de R$ 15 bilhões. A Abrasel nacional diz que o iFood deve desistir de sua reivindicação pelos recursos do Perse.
Posição da iFood
“O Perse foi criado em 2021 e a atividade de intermediação foi incluída no escopo do programa. A iFood teve seu direito a aderir ao programa confirmado pela Justiça, por meio de decisão provisória favorável, em agosto de 2023. Em 2024, a Receita Federal validou a adesão da empresa. Como ainda aguardamos uma decisão final sobre o caso, não houve impacto nos resultados da empresa”, informou a iFood à coluna.