Ricardo Cappelli cobra do Banco Central redução de juros em setembro e critica projeções do mercado por errarem nos resultados econômicos do país: “Vou fazer o enterro simbólico do boletim Focus do Banco Central”
Por Samanta Sallum
O presidente do Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli, engrossa a coro político contra a política monetária do Banco Central. Durante o programa CB Poder, parceria do Correio Braziliense e da TV Brasília, comentou que o cenário econômico do país permite a redução das taxas de juros. E que o Brasil está crescendo mais do que as projeções do mercado.
“Esse mercado previu no ano passado que o PIB Brasileiro ia crescer 0.7, e o Brasil cresceu 2.9. Esses mesmos economistas previram no início deste ano que o Brasil ia crescer esse ano, 1.6, e o J.P Morgan, na semana passada, já apontou que o Brasil vai crescer no mínimo 2.9”, apontou.
Segundo Cappelli, as projeções subavaliadas são “profecias para pressionar o Banco Central e o Governo, para serem profecias autorrealizáveis.” E emendou: “economista no Brasil só tá errando mais que falsa cartomante”.
O Brasil tem o 3º maior Spread do planeta. Só perde para o Zimbábue e para Madagascar. “Isso é um escândalo. Veja, países semelhantes ao nosso aqui da América do Sul, Chile, Colômbia, Bolívia, Uruguai, Argentina, o México, eles têm Spread.. que o custo, a diferença do custo entre o que o banco toma e o que empresta pro governo e pros outros, eles têm spread médio que varia entre 5 e 7%. Os bancos no Brasil cobram spread médio de 31,46%. O que justifica isso?”
Capelli ainda fez mais uma provocação ao Banco Central. “Vou convidar a todos para fazermos o enterro simbólico do boletim Focus do Banco Central”.