Por Samanta Sallum
As operadoras médico-hospitalares de saúde privada fecharam o ano de 2022 com R$ 10,7 bilhões de prejuízo operacional. “Isso demonstra a necessidade de buscarmos soluções a fim de potencializar a ampliação do acesso de mais pessoas aos produtos e serviços de saúde suplementar, em busca da sustentabilidade nos negócios”, afirma Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). E uma das causas do resultado negativo são as fraudes, com a cobrança e reembolso de procedimentos inexistentes.
A entidade lançou uma campanha para combater o uso criminoso dos planos de saúde por quadrilhas que estão se especializando nos golpes contra o setor.
R$ 28 bilhões
É o valor estimado gastos em fraudes e desperdícios do setor
Polêmica
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou em maio reajuste de até 9,63% para os planos de saúde individuais e familiares. Para setores de defesa do consumidor foi muito. O que impacta 8 milhões de pessoas, 16% do mercado. Mesmo assim, as seguradoras argumentam que os custos com procedimentos de saúde aumentaram em maior escala.
Aumento no número de atendimentos
Os planos de saúde cobriram, em 2022, 1,8 bilhão de procedimentos, englobando consultas, exames, terapias e internações, um aumento de 10,6% na comparação com o total em 2021. Os números foram divulgados pela ANS. Para a FenaSaúde, o resultado revela um novo padrão de uso do sistema, com crescimento importante de terapias ambulatoriais e o retorno das consultas de pronto-socorro.
Volume superior ao pré-pandemia
Em 2022, foram atendidos 50,4 milhões de beneficiários de planos médicos e 30,3 milhões nos planos odontológicos. Este foi o primeiro momento em que o setor superou os registros anteriores ao período pandêmico, em 2019. Foram registradas 264,7 milhões de consultas no país.