Companhia Energética de Brasília passará de prestadora à concessionária de serviço de iluminação pública no DF
Por Samanta Sallum
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recebeu ontem comunicado oficial sobre o novo perfil de atuação da CEB, que passará de prestadora a concessionária de serviços. Na prática, isso permitirá a empresa investir recursos próprios diretamente na expansão e na renovação da rede de iluminação pública do DF. A CEB holding fechou o exercício de 2022 com lucro líquido de R$ 196 milhões. A empresa também pretende captar recursos do mercado.
Um dos maiores propósitos da CVM é cuidar da integridade do mercado de capitais. Portanto, ela garante que seja possível investir em lugares seguros e transparentes.
Regulamentação
O GDF e a CEB vão agora tratar da regulamentação da lei e da celebração do contrato de concessão. A Câmara Legislativa aprovou, na terça-feira, o projeto de lei que outorga à Companhia a prestação dos serviços de iluminação pública, diretamente ou por meio de suas subsidiárias, mediante concessão.
O GDF tem 80% do capital da CEB e acionistas na BV, 20%. “Os acionistas e o mercado em geral serão devidamente informados sobre os desdobramentos desta aprovação, tais como a sanção da lei pelo governador do Distrito Federal e o decreto regulamentar”, diz o comunicado à CVM.
“Inauguramos, a partir de agora, uma nova fase na empresa, com mais eficiência de gestão. E vamos captar recursos no mercado para modernizar toda a iluminação pública do DF em 3 anos”, afirmou o presidente da CEB, Edison Garcia.
Mais aporte financeiro
No modelo atual, a CEB presta serviços à Secretaria de Obras, que a paga por projeto. No entanto, não há capacidade financeira do GDF de aportar, com a rapidez necessária, os R$ 350 milhões para modernizar os pontos de iluminação já existentes, passando para led, e instalar mais 70 mil postes de luz que o DF demanda. Agora, com a nova CEB, será possível.