Por Samanta Sallum
De fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023, houve queda nos índices de inadimplentes e de pessoas que não terão condições de pagar suas dívidas.
No primeiro cenário, o DF registrou diminuição de 24% para 14,5% na quantidade daqueles que estão com as contas em atraso. No segundo cenário, que trata da impossibilidade de quitação da dívida, os patamares caíram de 10,5% para 5%.
“A redução expressiva da inadimplência e a estabilidade no nível de endividamento mostram que as pessoas retomaram o poder de compra, ainda que esse consumo esteja vinculado ao cartão de crédito”, avaliou o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.
Famílias endividadas
Já o número de famílias endividadas no DF, em fevereiro de 2023, aumentou em cerca de 6,5 mil, em relação a janeiro, fechando o mês com o total de 857,7 mil. O dado representa 82,5% da população. O índice voltou a subir no primeiro mês deste ano, após redução expressiva no período entre setembro e dezembro de 2022, quando passou de 86,8% para 80,9%.
Cartões de crédito
O risco de endividamento, no entanto, não está definitivamente afastado, já que 93,9% do total de dívidas estão relacionadas ao cartão de crédito, cuja taxa média de juros, em janeiro de 2023, foi de 410,97% ao ano, com tendência de alta.
Os dados constam na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).