Por Samanta Sallum
As maiores onerações podem ser sobre aluguel de imóveis, locação de mão de obra e vigilância. A Confederação Nacional do Comércio, Bens e Serviços (CNC) demonstra grande preocupação com as propostas, em tramitação no Congresso Nacional, para a Reforma Tributária. As que sugerem alíquotas de impostos unificados que variam de 12% a 25% em substituição àquelas em vigor atualmente.
Um estudo da entidade sobre 30 segmentos do setor de serviços aponta que o aumento médio da carga tributária chegaria a 84% e, em alguns casos, ultrapassaria 188%.
O mais impactado será o subsetor de seleção, agenciamento e locação de mão de obra. O segundo, que é o de serviços para edifícios e atividades paisagísticas, responsável, por exemplo, pela terceirização de trabalhadores de limpeza: seria um aumento de 172,8% para a atividade.
O serviço de segurança, vigilantes e transporte de valores teria ampliação da carga tributária de 163%; já a compra, venda e aluguel de imóveis próprios teria aumento de 143%.
“A Reforma Tributária é extremamente importante e necessária para o crescimento do país. No entanto, não é justo o aumento da carga tributária sobre o setor de serviços, que responde por 37% da força de trabalho no Brasil e gerou 55% dos empregos formais no país na retomada da economia depois da pandemia”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Aluguel vai encarecer
O aumento da carga sobre o segmento de serviços de escritório e apoio administrativo pode ser ampliado em 143,2%. Para a intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis, a oneração seria de 142,4%, e, para os serviços técnico-profissionais, de 135,2%.
Ensino
Outro ramo impactado seria o de atividades de ensino continuado, que engloba, por exemplo, pós-graduação e cursos de extensão, com aumento da carga em 125,3%.