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Ibaneis foi à missa e depois disse: “Tira esses vagabundos” para fantoche de Anderson Torres

Publicado em Coluna Capital S/A

Por Samanta Sallum 

As mensagens de WhatsApp enviadas pelo governador Ibaneis Rocha, no domingo passado, foram printadas para servirem como peças da defesa dele. Entre as nove páginas do documento, entregue pelos advogados ao STF, em que narra sua versão dos fatos, está destacado:

“Que às 15:39 horas ao acompanhar pela TV o início de um tumulto, próximo do Congresso Nacional, determinou ao secretário de segurança em exercício: “coloca tudo na rua” e na sequência ainda disse:

“Tira esses vagabundos do Congresso e prendam o máximo possível”.


No caso, o secretário de Segurança interino no dia era o delegado federal Fernando Souza – o homem que o então secretário de Segurança, Anderson Torres, deixou de fantoche no comando do setor enquanto viajava para as férias em Orlando (EUA). Férias que terminaram em prisão agora no Brasil.

Ibaneis relata que tinha passado uma tranquila manhã de domingo e que tinha ido à missa do meio-dia.

Segundo o depoimento, o delegado Fernando, até então, na manhã, em áudios disse: “Qualquer intercorrência eu aviso o senhor, mas, a princípio, tudo tranquilo, bem calmo” . E assim Ibaneis “viveu a manhã de domingo com normalidade, inclusive indo à missa do meio-dia, e retomando a residência para acompanhar as notícias pela TV”.

Às 13:23, recebeu um novo áudio do delegado Fernando passando o último informe: “tudo tranquilo”.

Informou que os manifestantes estavam descendo do SMU “de forma controlada, escoltados pela polícia, afirmando ter feito negociação para descerem de forma pacífica, organizada e acompanhada”.

O secretário interino acrescentou ainda: “a nossa inteligência está monitorando, não há nenhum informe de questão de agressividade ligada a esse tipo de comportamento”.

Pouco tempo depois, a Praça dos Três Poderes tinha sido invadida, vandalizada, com atos terroristas nunca vistos antes em Brasília.

 

 

 

 

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