Uma decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ/AM) contra o presidente da Confederação Nacional do Comércio, José Roberto Tadros, às vésperas do processo eleitoral na entidade, pegou de surpresa seus gestores. Tadros encabeça uma chapa única que significaria a reeleição garantida, em setembro. No entanto, a união de forças internas na confederação se mostrou agora alvo de ataques com o pedido de perda de cargo de Tadros. Uma ação civil pública referente à sua gestão à frente da Fecomércio do Amazonas, entre 1984 a 2018, ressuscitou uma polêmica.
A decisão, no entanto, não terá força para retirar Tadros do cargo por enquanto. O afastamento só ocorre depois da sentença transitada em julgado, ou seja, após passar por todas as instâncias.
Segundo fontes ouvidas pelo blog, haveria o movimento de bastidor na tentativa de tumultuar o processo eleitoral.
Além de Tadros, a secretária-geral da entidade, Simone Souza Guimarães, foi condenada. Eles foram acusados pelo Ministério Público por beneficiarem uma empresa, por meio de contrato de aluguel de um prédio comercial para o Sesc, que seria ligada a familiares.
A CNC informou que José Roberto Tadros recebeu “com surpresa e indignação” a notícia sobre a decisão judicial. Em nota de esclarecimento, aponta que ela é contraditória por já existirem outros pareceres do TCU que concluem não ter existido prejuízo causado pelo referente contrato.