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Desenvolvimento com distritos criativos

Publicado em Coluna Capital S/A

Projeções DF

Por Samanta Sallum

Entrevista com  Miguel Galvão, vice-presidente da Câmara de Economia Criativa da Fecomércio DF e idealizador do PicNik e da Infinu

⁃ O que é Economia Criativa?

É um conjunto de atividades, ações e serviços em geral relacionados à cultura, tecnologia, entretenimento e gastronomia, que têm como principal insumo o capital intelectual

⁃ O DF tem vocação para essa atuação? Qual nosso potencial?

Sim, esse pode ser um dos grandes pilares econômicos de nossa região no futuro. Estamos falando de uma matriz de emprego limpa, pouco intensiva em capital financeiro, com enorme transversalidade e potencial de geração de renda e empregos. Ser sede do poder público nacional e ter nosso urbanismo modernista, somados à qualificação e ao alto poder aquisitivo da população, são fatores que favorecem o DF.

⁃ O que é preciso para estimular mais esse setor?

Políticas públicas que fomentem o desenvolvimento estruturado e sustentável, entendendo de fato a vocação e as vantagens de cada região do DF. Outro ponto importante é a expansão do mercado consumidor local. Infelizmente, o brasiliense mais abastado ainda consome muito pouco do que é produzido localmente. Chegou a hora de ir além do simples posar no Instagram! Difícil também nos transformarmos na capital da criatividade com vida urbana se extinguindo após as 23h, como acontece atualmente no Plano Piloto, sobretudo na Asa Sul… Isso afasta os cérebros mais criativos e torna nossa cidade pouco competitiva frente a praças vizinhas.

⁃ O que são os distritos criativos?

Em 2021, a Câmara Empresarial de Economia Criativa da Fecomércio-DF iniciou diálogos com a Secretaria de Economia para construir juntas a Lei dos Distritos Criativos. Ela visa conceder benefícios para as empresas da indústria criativa estimulando a instalação delas em áreas sob revitalização (como W3 sul e SCS). É inspirada na legislação que alavancou o surgimento de start-ups em Florianópolis e do Porto Digital de Recife. Uma vez que estamos em ano eleitoral, trabalho agora está sendo deixá-la redonda para ser lançada no exercício seguinte.

Como avalia o cenário atual da pandemia? O setor acredita que é possível a realização dos eventos?

A sensação é de que finalmente teremos um alívio, pois tudo indica que o pior já passou. Parte do setor produtivo está massacrado, sobretudo o vinculado à alimentação, ao entretenimento e à criatividade.

Entendo que é possível, sim, o retorno dos eventos, uma vez que temos uma cena em geral bem estruturada, capaz de seguir os protocolos básicos e consciente da importância de se zelar pela segurança do público.

O desafio agora é justamente como dar opções de encontros leves e saudáveis para um mar de gente que está há 2 anos sem socializar. O setor será necessário como nunca, sob o aspecto de saúde mental.

Cabem saudações especiais ao presidente do Sindeventos, o Tavinho; do Sindhobar, o Jael; e ao presidente da Fecomércio, José Aparecido, pela interlocução com o GDF para solucionar as questões que prejudicaram todas as atividades comerciais.

 

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