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Indústria defende urgência na Reforma Tributária

Publicado em Coluna Capital S/A
Por Samanta Sallum

Entrevista 
Jamal Bittar, presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra)
– O senhor acha que realmente já estamos na fase de retomada econômica? O que será preciso para consolidar esse processo?
 São necessárias ações que abram espaço para uma retomada. Uma delas é a reforma tributária, que precisa caminhar com maior celeridade para aumentar a competitividade da indústria brasileira. Falar em retomada econômica é fazer uma avaliação incerta neste momento. A inflação de 2021 fechou em mais de 10%, a mais alta nos últimos seis anos. No mesmo ritmo, a taxa Selic disparou no ano passado, partindo de 2% em janeiro para 9,25% em dezembro. Estes dois fatores afetam muito a indústria, uma vez que reduzem o poder de compra da população e afastam investimentos.
– O DF tem potencial de expansão industrial?
Sem dúvidas. Estamos em uma posição logística privilegiada no Brasil, que favorece a chegada de insumos e a distribuição da produção. O DF também tem uma população com alto nível de escolaridade e boa renda média, fatores, entre outros, fundamentais para o desenvolvimento industrial.
– Qual a vocação da capital federal neste setor?
Temos espaço para fazer do DF um polo da indústria 4.0, focada na produção de alta tecnologia em diversos setores. Além da indústria tecnológica, é possível incentivar o desenvolvimento de setores já tradicionais da indústria local, como os da construção, de alimentos e bebidas e do vestuário, entre outros, que podem crescer e gerar ainda mais empregos e renda para a cidade.
 – O avanço da ômicron pode trazer de novo restrições ao setor produtivo?
O setor industrial sempre cumpriu à risca todos os protocolos sanitários para prevenção à covid-19, tanto para o cuidado com a saúde dos trabalhadores, como para que fosse possível a manutenção das atividades, que são fundamentais para a sociedade. A prioridade de todos deve ser o cuidado com a vida e, caso novas medidas restritivas sejam necessárias, estas serão acatadas e cumpridas pela indústria, como fez em todos os momentos de picos de transmissão. É importante frisar que o governo do DF foi bastante cauteloso ao analisar nas situações passadas que atividades poderiam ou não ser permitidas.

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