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“Não somos os vilões”, reage Sindeventos ao decreto do GDF

Publicado em Coluna Capital S/A

Por Samanta Sallum

Entrevista

Otávio Neves, presidente da Câmara de Eventos e Turismo da Fecomércio-DF e do Sindeventos (Foto)

  • Como o setor recebeu o decreto do GDF que, mais uma vez, suspende eventos para conter a pandemia?

Com muita surpresa e indignação. Somos uma peça importante da engrenagem que impulsiona a economia local, um setor que gera empregos para milhares de famílias e também que gera impostos. Estamos mais uma vez sendo punidos injustamente. Desde a semana passada, em tratativas com o GDF, sugerimos que fossem retomados os protocolos sanitários a todas atividades da economia. Isso, sim, foi eficaz em 2021 e aceito por todos.

  • Acredita ser possível reverter isso?

Hoje, temos a população vacinada e com condições de ajudar a não propagação. O GDF trata o setor de eventos como o vilão, o que não é. Em 2020, fomos os primeiros a ser proibidos de trabalhar, deu muito prejuízo e não resolveu. Seria mais prudente voltar a obrigação de uso de máscaras em todos os lugares, proibir os ônibus e metrô de circularem entupidos de gente, que os cultos religiosos também tivessem o controle. Enfim, precisamos todos contribuir.

    • Como avalia o impacto da nova onda de covid no turismo?

O mercado estava aquecendo, a nossa temporada de verão, que se estende até o carnaval, no início de março, estava promissora. Mas agora a ômicron, apesar de ser menos letal, está derrubando todos os sonhos dos empresários e turistas. Diferentemente de 2020, as empresas não têm mais fôlego financeiro para suportar isso. Ainda não temos o impacto financeiro, mas com certeza será enorme.

      • Com a experiência de ter sido secretário de Turismo do DF, o que é preciso para que a capital federal receba mais turistas?

Precisamos colocar novamente Brasília nas prateleiras das operadoras de turismo. Para isso, é necessário arrumar a casa, abrir todos os monumentos para visitação, inclusive nos fins de semana e feriados. Esse nosso museu a céu aberto, que é Brasília, não tem concorrente. Uma das nossas maiores vocações é o turismo de eventos. É necessário investir fortemente na captação deles, dos mais variados, como corporativos, esportivos, culturais, congressos científicos, e outros que deixarão milhares e milhares de reais aqui na cidade.

    • E como a Fecomércio-DF atua nesse sentido?

A Câmara de Turismo da Fecomércio, junto do Brasília Convention Bureau e o Codese, está unida fazendo o planejamento de ações estratégicas no setor para os próximos anos. Com certeza, isso vai colaborar com o GDF em todas as ações necessárias para o desenvolvimento do turismo da nossa Brasília.

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