A cultura da mandioca é uma das mais importantes do ponto de vista socioeconômico para o Bioma do Cerrado, sendo cultivada em uma área estimada em 250 mil hectares. A Embrapa apresentou as novas cultivares para indústria de farinha e de fécula BRS 417, BRS 418 e BRS 419, as primeiras especialmente desenvolvidas para as condições do Brasil Central.
Elas se destacam pela elevada produtividade de amido – até 30% maior que o tipo mais plantado na região.
Os três novos clones foram gerados pelo programa de melhoramento genético da nos campos experimentais em Planaltina.
A cooperativa de avicultores Cio da Terra, do Distrito Federal, iniciou na propriedade de Luiz Gonzaga Lopes um projeto piloto de produção de mandioca de indústria com o plantio experimental das três novas cultivares da Embrapa.
O presidente da cooperativa, José Malaquias de Castro, explica que os avicultores da região têm manifestado o interesse de aproveitar as áreas livres do entorno das granjas com lavouras que não comprometam a biosseguridade da criação das aves.
“Fizemos um projeto piloto para aprendermos a produzir. Vimos que o mais correto seria produzir mandioca de indústria, pois além de não utilizar produtos nocivos às aves, teríamos vários derivados e, por fim, instalar uma fábrica para agregação de valor à produção”, explica.
Na propriedade de 93 ha, Luiz Gonzaga Lopes utiliza apenas 10 ha para a produção de ovos férteis. Em busca de uma alternativa para complementar a renda e aproveitar a área livre da fazenda, ele destinou 12 ha da propriedade para testar as mandiocas de indústria da Embrapa.
“As três cultivares tiveram um resultado excelente. Observamos que elas não tiveram qualquer tipo de doença e que a produtividade é alta, bem acima da esperada”, destaca Lopes.