Agricultura familiar no DF se reinventa na pandemia

Publicado em Coluna Capital S/A

Por Samanta Sallum

O setor conseguiu se reorganizar rapidamente para reduzir as perdas e desenvolver alternativas de comercialização. Pesquisa da Embrapa, com base em informações de presidentes e gestores de 17 associações, aponta que eles criaram estratégias de comercialização e intensificaram canais com a venda de cestas de produtos organizados por intermédio de redes sociais como Instagram, Facebook e WhatsApp. Também conseguiram escoar a produção por meio dos programas de governo.

Superando os prejuízos

A agricultura familiar no Distrito Federal e Entorno chegou, sim, a ser atingida pela pandemia, já que grande parte da renda dos pequenos produtores tem origem nas feiras livres e em restaurantes, que ficaram fechados durante meses. Houve prejuízos significativos para a maioria deles (75%). Os impactos causados geraram perdas financeiras e de produção num primeiro momento. Foi o que apontou o levantamento das pesquisadoras Virgínia Gomes de Caldas Nogueira (foto) e Maria Quitéria dos Santos Marcelino.

Editais emergenciais

Por outro lado, apenas 25% dessas associações e cooperativas aguardaram os editais emergenciais para voltar a participar do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Elas se empenharam em escoar a produção para pequenos mercados esupermercados locais.

O papel das cooperativas

Outro aspecto relevante a se considerar é que as associações e cooperativas foram fundamentais no momento de crise para agregar os agricultores em busca de uma solução coletiva. As estratégias de comercialização adotadas neste período se tornarão permanentes, como a exposição em redes sociais para a divulgação dos produtos.

Sistema CNA

A resposta rápida de entidades como o Sistema CNA, Conab, Emater, Contag, Contar, Universidades e Embrapa foi também eficaz para auxiliar no enfrentamento das contingências emergenciais enfrentadas.

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