Por Samanta Sallum
Pela primeira vez no DF, está prevista a abertura do comércio no Dia do Trabalhador, em 1º de maio. Os sindicatos tanto dos comerciantes como dos comerciários concordaram com a necessidade de funcionar no feriado para compensar os prejuízos causados pelo lockdown e preservar empregos. O acordo inédito, com amparo jurídico, entre patrões e empregados, já está sendo elaborado.
Queda nas vendas
Em reunião ontem, comrepresentantes do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista) e do Sindicato dos Comerciários (Sindicom), foi discutida a proposta. “Os lojistas foram muito prejudicados com a pandemia, com os dias de lockdown. O comércio está vendendo 60% a menos que o normal. Precisamos correr atrás dos prejuízos, e uma forma é abrir nos feriados. Os trabalhadores vão ganhar devidamente o adicional para esse dia. Acreditamos que assim todos serão beneficiados”, explica o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro.
Proteção à saúde dos trabalhadores
A secretária-geral do Sindicato dos Empregados no Comércio, Geralda Godinho, disse à coluna que está receptiva à proposta. “A diretoria do Sindicato concordou que o momento exige uma medida diferenciada para preservar os empregos e salários dos trabalhadores.” O acordo ainda não foi fechado oficialmente, pois alguns detalhes ainda precisam ser definidos. Ela destaca que são necessárias ações para proteger a saúde dos comerciários. “Temos de evitar aglomerações no transporte público, estabelecer horários diferenciados de funcionamento entre o comércio de rua e o de shoppings”, ressalta.
Vacinação
O Sindicom enviou documento ao governador Ibaneis Rocha e à Câmara Legislativa pedindo que os trabalhadores dos supermercados no DF entrem no grupo de prioridade na vacinação. “Eles estão muito expostos. Esses estabelecimentos nunca fecharam e recebem um grande fluxo de pessoas”, aponta Geralda.