A Abrasel-DF criticou a posição do governador Ibaneis Rocha em não permitir o retorno do horário normal de funcionamento de bares e restaurantes na capital federal.
“Acreditamos que somos parte da solução e não do problema. Os restaurantes e bares, que seguem os protocolos sanitários, ajudam a proteger a população. Sem opção, as pessoas se aglomeram em outros pontos”, afirmou o presidente da Abrasel-DF, Beto Pinheiro.
PM deve intervir
Segundo Pinheiro, aglomeração deve ser coibida pela polícia.
“O problema é quem está fazendo aglomeração. Foi assinado um termo de cooperação entre o DF Legal e a PM. É isso que resolve, colocando a PM para fiscalizar. E não penalizando tantas empresas”, argumenta.
Ibaneis nega pedido
O governador, no entanto, declarou ontem que a prioridade agora é garantir a saúde da população, e não estender horário de bar e restaurante. “Precisamos nos preocupar agora com a nossa rede hospitalar, isso vem em primeiro lugar”, ressaltou.
Resultados positivos
“Vou manter a restrição do horário. Tivemos resultados muito positivos aqui no Distrito Federal com a medida. Tanto que os números aqui estão caindo, enquanto em outros locais do país estão aumentando”, reforçou Ibaneis Rocha.
Prejuízos ao setor
O Sindhobar e a Abrasel enviaram documento oficial ao governador, em 20 de janeiro, pedindo o retorno do horário de funcionamento normal dos restaurantes e bares na capital federal.
As entidades representam mais de 11 mil estabelecimentos (incluindo hotéis) e alegam grande prejuízo do setor com a obrigatoriedade de fechar às 23h.
Remédio amargo
“O remédio hoje no DF está injusto. Está matando os empresários para pegar quem está errado. É como prender todos os moradores de um condomínio porque entre eles há um traficante”, disse Pinheiro.