Pioneirismo e inovação

Publicado em Coluna Capital S/A

Ele chegou a Brasília em 5 de janeiro de 1960 para ficar apenas 90 dias. Quis ver com os próprios olhos o que “um maluco prometia tanto, no rádio”.  O “maluco” era o presidente Juscelino Kubitschek ao inaugurar a nova capital da República. O sonho de JK em concreto cativou o jovem representante de vendas do Rio de Janeiro. “Quero ficar mais 90 anos aqui”, diz Alberto Vilardo, dono das lojas Dular e Blumenau. A trajetória empresarial na cidade já tem 45 anos. O primeiro ponto comercial foi inaugurado em 1974, a Blumenau. E a Dular abriu as portas em 1982.

Pandemia

Com a empresa consolidada, veio o susto com o fechamento das 12 lojas por causa da pandemia. A inovação ao criar o site de vendas, bem antes da atual crise, ajudou muito a manter o negócio neste ano. Há 10 anos, a Dular já oferecia produtos pela loja virtual. Mas, somente nos últimos 2 anos, o movimento passou a ter mais vulto. E hoje representa importante parte do faturamento, chegando a 25% do volume total.

 

“Não foi fácil. Tivemos de investir mais para garantir caixa na empresa. Mas conseguimos atravessar esse momento difícil e mantendo a equipe toda. O varejo é muito dinâmico, a necessidade faz a gente se aperfeiçoar”, conta o empresário de “70 e muitos anos”.

 

Ligação afetiva 

A Dular faz parte da história afetiva de milhares de brasilienses que tiveram listas de casamentos feitas em uma das lojas. “Eu vi a cidade crescer. E participar de momentos marcantes do cliente é uma realização para nós”, diz. Alberto ocupou funções importantes em todas as entidades que representam o setor e atualmente é diretor da Fecomércio-DF.

 

Escola de Negócios 

O empresário tem uma importante preocupação com a nova geração. Afirma ser necessário estimular mais os universitários e recém-formados a empreender. “É preciso criar condições para os jovens deixarem de pensar apenas em concurso público. Concurseiro virou uma profissão. Não podemos ficar dependendo do governo. É o empreendedorismo que alavanca a economia, gera empregos.” Para isso, defende que as entidades do setor produtivo se aproximem ainda mais das universidades para inspirar a nova geração de profissionais e oferecer capacitação. Uma das ideias é a criação de uma Escola de Negócios.

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