VISTO, LIDO E OUVIDO

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circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br   

Interina: Circe Cunha   
Colaboração Mamfil     

Salve-se quem puder         Quem quer agradar a todos, não agrada ninguém e de quebra, desagrada a si próprio. Esse parece ser , respeitadas as proporções, o problema central com democracias que tem como base, uma coalizão imensa e frágil de partidos das mais diversas orientações, com desejos diversos e até antagônicos.          Nosso país  não conseguiu se libertar desse modelo arcaico, que tem nos cofres do Estado o principal fiador dessa aliança interesseira. A sustentação política do Executivo é amarrada a acordos feitos à portas fechadas, transformando o país numa espécie de fazenda grande onde tudo esta a venda.          É nessa “porteira fechada” que é negociado não só o futuro de cada governo que se sucede, mas sobretudo o presente de cada brasileiro. Como a solução , através de uma profunda reforma política, não é posta sobre a mesa, seguem-se , sine die, a agrura do cidadão chamado a honrar a conta.          A seriedade da crise atual impõe o cessar urgente desse modelo, sob pena da ruptura da própria democracia através da cisão da sociedade e da abertura de espaço para a entrada de aventureiros e salvadores de todo o tipo.          Alheia ao mundo ao  redor, a classe política perdeu a interlocução com as ruas. Nos acordos,  costurados por inércia devido a forte pressão do momento, não há lugar para o interesse da coletividade. O que se discute, nesses diálogos de surdos,  é como livrar o pescoço de cada dos envolvidos diretamente na crise. Sobram raposas, faltam estadistas. O fato é que não existe agenda nenhuma sendo discutida e pensada. O que temos são arremedos de medidas emergenciais, cuja extensão abrange apenas o salvamento das aparências e dos interlocutores.          A nação segue às margens. Não é por outra razão que vem crescendo no seio da população a ideia interromper o recolhimento de impostos. Todos eles. Depositados numa espécie de fundo judicial, até que cessem os desmandos, a incúria perdulária, a corrupção e o banquete feito às custas do suor dos contribuintes.

A frase que não foi pronunciada:“A banalização e massificação da violência torna a sociedade inerte e insensível. Resta saber a quem isso interessa.”Pergunta insistente.

Aí sim         Foi-se o tempo em que os políticos saíam livres pelas cidades e eram rodeados pelos eleitores que disputavam um espaço com alegria. Atualmente o medo de encontrar um cidadão revoltado com a corrupção é tanto que os restaurantes mais frequentados são os que têm salas privadas. E mais. Aplausos em discurso só com ônibus fretado, almoço garantido e até camiseta de brinde.

Distrital         Como todo aniversariante, o hospital de Base tem muito a comemorar. A dedicação de seus funcionários, o alto nível de capacitação dos médicos e o esforço comum em dar um atendimento digno à população. Esse é o momento de o governador Rollemberg voltar as lentes de aumento para o primeiro hospital do Plano Piloto. Investimento em hospitais é a melhor marca que um governo pode deixar. É a saúde de seu povo.

ÁguaPor falar em saúde era só o que faltava. Em um monitoramento de rotina foi detectada na água de uma estação da Caesb na Asa Norte, uma bactéria importante. Basta ver na própria conta que o nível de coliforme fecal está sempre no limite do permitido.

Trabalho escravoUm passeio pela Praça dos Três Poderes, depois do almoço é o melhor horário para verificar com os próprios olhos o descaso das empresas terceirizadas com o pessoal dos serviços gerais. Sem lugar apropriado para tirar um cochilo ficam espalhados pelo gramado ou cimento. Quando o encarregado reclama, amontoam-se pelos cantos na parte interna do Senado, Câmara, Tribunais e ministérios. É preciso dar dignidade a essas pessoas.

Ari Cunha

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Ari Cunha

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