A saída para a greve dos caminhoneiros é pela ferrovia

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil

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Foto: reprodução da internet

Com a iminência de deflagração de uma nova greve dos caminhoneiros, o governo corre contra o tempo, tentando amarrar as duas pontas soltas dessa contenda que coloca de um lado a Petrobras e sua política de preço, baseada no valor diário registrado pelo barril de petróleo no mercado internacional e, de outro, os diversos interesses políticos e econômicos, entre os quais se sobressai a questão da segurança nacional.
Desde a primeira paralisação, ocorrida no governo Temer, os caminhoneiros tomaram consciência da importância do setor do transporte para o funcionamento do país. Com aquela greve histórica, o Brasil, literalmente, parou por falta de combustível nos postos de abastecimento, fato agravado ainda com o bloqueio das principais rotas do país, promovida pelos paredistas. Naquela ocasião, o governo e a população foram apanhados de surpresa com a greve relâmpago e pelo encadeamento de prejuízos que se seguiu em ritmo acelerado.
Fosse essa uma estratégia de guerra, é fato que os caminhoneiros teriam vencido aquela batalha ao surpreender o Brasil com o estrangulamento de suas comunicações via terrestre, cessando as linhas de abastecimento do país de gêneros de primeira necessidade e de combustível. Naquela greve, o Brasil capitulou sem qualquer outra alternativa. Obviamente, os prejuízos gerados por aquela paralisação foram infinitamente superiores aos benefícios alcançados pela categoria, o que retardou os esforços para a retomada do penoso processo de desenvolvimento do país.
Como numa guerra, mais uma vez, foi a população civil a maior prejudicada com esse movimento, inclusive, os próprios caminhoneiros que viram o custo de vida aumentar também para suas famílias. Os ganhos momentâneos obtidos pela categoria se esvaíram de lá para cá, uma vez que o principal fator que teria ocasionado a greve não foi resolvido de forma definitiva e nem poderá sê-lo de maneira razoável.
A situação anômala que levou o país a essa crise, todos concordam, foi a política irresponsável dos governos petistas em incentivar, sem qualquer estudo estratégico, o financiamento, em larga escala, para compra de caminhões. Mesmo para um país cujas as riquezas transitam principalmente por rodovias, a super frota de caminhões, conduzidas por motoristas endividados até a orelha, não encontrou a mesma correspondência em número de fretes.
O ciclo contínuo de crises econômicas fez cair também a quantidade e o valor das viagens em todo o país. Resolver uma questão dessa natureza com medidas irreais, como o tabelamento nacional do frete ou o congelamento no preço dos combustíveis, apenas adia, mais uma vez, um problema que todos sabem que não será equacionado com intervencionismos na economia, tampouco com medidas populistas que atrelam a vitória de Bolsonaro à adesão dos caminhoneiros.
Dessa vez, é certo que uma paralisação desse tipo não contará com o apoio da população e pode até não ser bem tolerada pelos militares, com proeminência nesse governo. A saída para um impasse dessa monta, é claro, só poderá ser feita por via ferroviária, de preferência pela ferrovia Norte-Sul, cujas obras, iniciadas há mais de 30 anos, parece que serão concluídas ainda neste governo. Para um país continental como o nosso, a opção por ferrovia parece natural, mas curiosamente vem sendo protelada há séculos.
A frase que não foi pronunciada:
“Para comprar caminhão e usar sutiã, precisa ter peito.”
Frase de caminhão
Charge do Bruno Galvão
Livre arbítrio
São muitos os trabalhadores que apoiam o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em relação à iniciativa de estender a vigência da medida provisória que traz mudanças na cobrança da contribuição sindical. Emissão de boleto para o trabalhador que expressar a vontade de colaborar com o orçamento da instituição.
Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado
Melhoramentos
Bem mais cuidada, a Biblioteca Central da UnB atrai cada vez mais estudantes. Funcionando 24 horas (exceto nos feriados), cuidados como corrimão, um laboratório de informática mais atraente e outras melhorias mostram a intenção de servir melhor à comunidade estudante.
Foto: UnB Agência/Divulgação
Iguatemi
Regina Trindade esclarece sobre a nota publicada na coluna. Uma jovem que teve um mal súbito caiu no Shopping Iguatemi. Bateu a cabeça e teve uma convulsão. O segurança chegou ao local um minuto depois, os brigadistas em seguida, todos os protocolos foram seguidos rigorosamente.
Foto: facebook.com/iguatemibrasilia
Mãos à obra
Deputada federal pelo DF, Paula Belmonte acompanha a reforma nos tribunais de contas com os devidos ajustes para um sistema de fiscalização do dinheiro do contribuinte mais eficiente. Ela encomendou estudo à Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados sobre a viabilidade de avançar na legislação que trata da escolha dos ministros do TCU e dos tribunais de contas estaduais, com o objetivo de reduzir a interferência política nessas cortes, priorizando a capacidade técnica.
Foto: camara.leg.br
Subliminar
De tanto enfrentar preconceito, a ministra Damares Alves ganha a simpatia do povo. A notícia: “Damares Alves quer desativar a Casa da Mulher Brasileira em Brasília. Ideia é abrir outros pontos de atendimento a vítimas de violência no DF”. No fim da nota, a EBC informa que a Casa da Mulher Brasileira em Brasília está fechada desde abril de 2018 por problemas na estrutura física.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
História de Brasília
Os japoneses estão pisando nos calos da indústria de tecidos do Brasil. Prometeram, fabricar, no rio Grande do Sul a mesma sede japonesa, importaram maquinaria, e a luta está, agora, deflagrada. (Publicado em 17/11/1961)
Circe Cunha

Publicado por
Circe Cunha
Tags: #CaminhõesNoBrasil #CombustívelNoBrasil #EconomianoBrasil #GovernoBolsonaro #GrevedosCaminhoneiros #HistóriadeBrasília #Petrobras AriCunha Brasília CirceCunha mamfil

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