Desafio Escolas Sustentáveis é um projeto do Instituto Akatu, realizado em cinco escolas públicas de Ensino Médio, para estimular a cultura do consumo consciente e da sustentabilidade entre alunos, professores e funcionários, impactando também as famílias e a sociedade. Com um financiamento de R$ 225 mil, as escolas conseguiram promover diversas mudanças em suas estruturas, entre elas: a instalação de energia fotovoltaica, a construção de hortas e composteiras e a criação de sistemas de captação e reaproveitamento da água da chuva.
Instituições das cinco regiões do Brasil foram contempladas: Colégio Estadual Leôncio Correia, de Curitiba (PR); Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Negócios Letice Oliveira Maciel, em Seabra (BA); Escola Municipal José Calil Ahouagi, de Juiz de Fora (MG); Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho, de Três Lagoas (MS); e Escola Estadual Indígena Dom Lourenço Zoller, de Uiramutã (RR).
“Como parte de uma iniciativa global, o Desafio Escolas Sustentáveis tem o objetivo de incentivar que escolas estimulem a educação para a sustentabilidade, tanto por meio de mudanças curriculares quanto estruturais”, explicou Denise Conselheiro, gerente de educação do Instituto Akatu. “Esperamos que essa iniciativa seja um pontapé inicial para que mais escolas brasileiras fortaleçam as atividades relacionadas à sustentabilidade em suas rotinas pedagógicas”, acrescentou.
Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, 793 pessoas das comunidades escolares participaram de atividades online, como webinars e aulas interdisciplinares. Além da conscientização de alunos, professores e familiares, o programa deixa um legado permanente nas instituições participantes.
O Desafio Escolas Sustentáveis faz parte de um esforço global coordenado pelo The Institute for Global Environmental Strategies (IGES) e pela One Planet Network, financiado pelo Ministério do Meio Ambiente do Japão. Ele foi realizado simultaneamente em nove países — Brasil, Namíbia, África do Sul, Uganda, Camboja, Quirguistão, Filipinas, Vietnã e Suriname.
No Colégio Estadual Leôncio Correia, foi criado um Centro de Educação Socioambiental, onde os estudantes interagem com teorias e práticas relacionadas aos conhecimentos socioambientais, e implementados um sistema de captação de água da chuva e um plano de gerenciamento dos resíduos sólidos. A mesma escola desenvolveu um sistema de geração de energia fotovoltaica, com 12 painéis solares e quiosques/laboratórios de energia solar e criou a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola.
Na Escola Estadual Luiz Lopes de Carvalho, disciplinas eletivas aos alunos do ensino médio, à distância e com atividades práticas na escola em esquema de rodízio, trataram sobre compostagem, produção de sabão caseiro, reciclagem e coleta seletiva, reaproveitamento de água, horta e alimentação saudável. Também houve o plantio de cerca de 800 mudas em uma horta e produção de mais 500 mudas em sementeiras.
No Centro Estadual de Educação Profissional Letice Oliveira Maciel, foi implementado o Ponto de Entrega Voluntária (PEV), mobilizando alunos, professores e comunidade para o descarte correto. De janeiro a outubro de 2020, a escola coletou e destinou 1.319kg de papel, 412kg de plástico, 24kg de alumínio e 109kg de outros metais, totalizando quase 1.865kg de resíduos destinados para a reciclagem.
Na Escola Estadual Indígena Dom Lourenço Zoller, foram realizados seminários sobre sustentabilidade e sobre plantas medicinais e produção de xaropes caseiros, e instaladas placas de energia fotovoltaica, em substituição ao motor a combustão. Antes do projeto, a escola consumia, a cada 15 dias, cerca de 30 litros de diesel. As placas fotovoltaicas, por sua vez, foram capazes de suprir toda a demanda.
Na Escola Municipal José Calil Ahouagi, um sistema de captação de água da chuva foi instalado na quadra de esportes, composteiras foram construídas e quatro webinars trataram de temas como aproveitamento de água da chuva, agroecologia e bioconstrução, composteiras domésticas e escolares, e plantas medicinais.
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