O Brasil está em chamas. O mês de setembro está apenas no meio e os números de queimadas e incêndios florestais na Amazônia e no Pantanal já registram recordes, mesmo com a proibição de queimadas imposta pela moratória do fogo desde 16 de julho. Na segunda-feira (14/9), a Amazônia superou o total de focos de calor registrados em todo mês de setembro de 2019. Em duas semanas, foram registrados 20.486 focos de calor, um crescimento de 86% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, já foram identificados 64.498 incêndios no bioma.
“Enquanto isso, na semana passada, mais uma vez, o governo — na figura do vice presidente Hamilton Mourão — descredibiliza os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), falando em diminuição das queimadas na Amazônia, negando as evidências científicas geradas pelo Instituto e divulgando um vídeo que foi o maior mico (por mostrar fauna da Mata Atlântica)”, comenta Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.
No Pantanal, maior planície interior inundável do mundo, somente na segunda-feira, foram 689 incêndios registrado. Cerca de 12% da extensão do bioma já foi destruída pelo fogo até o final do mês de agosto, causando a morte de milhares de animais e fazendo outros milhões deles perderam seu habitat. Os 15.453 incêndios no Pantanal são os maiores dados da série histórica do monitoramento realizado pelo Inpe, que começou em 1988. “As imagens são chocantes. Brigadistas, bombeiros, militares e voluntários lutam para salvar o Pantanal”, diz Batista.
O Cerrado, savana mais biodiversa do mundo, é outro bioma que segue em chamas. Apesar dos números totais serem um pouco menor do que o ano passado, 5,45%, não há motivos para comemorar. Somente nos primeiros 14 dias de setembro foram registrados 13.619 focos, um aumento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano, são 37.824 incêndios e queimadas no bioma, sem qualquer ação governamental para coibir esse desastre ambiental.
As queimadas e incêndios florestais estão completamente fora de controle nos diferentes biomas. “A responsabilidade disso é da política antiambiental do governo federal, com o falso discurso de que a destruição ambiental é necessária para o desenvolvimento econômico. Está na hora de todas pessoas, empresas e governos que estão realmente comprometidos com o futuro desses Biomas e também com o próprio planeta terra, exigir que o governo brasileiro tome providências para acabar com a destruição do meio ambiente e impedir que os maiores tesouros do nosso país virem cinzas para o lucro de uma pequena minoria”, completa Batista.
* Com informações do Greenpeace
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