Mesmo com a medida que proíbe queimadas em Mato Grosso, o Greenpeace registrou imagens de focos de incêndio na floresta amazônica em sobrevoo realizado no estado na semana passada. Além das áreas completamente queimadas, também registrou imagens de áreas sendo preparadas para a queima. Com 4.437 focos de incêndio até o dia 13 de julho, Mato Grosso tem o maior número de queimadas na Amazônia brasileira este ano, representando 49,52% do total na região em 2020.
“Essas imagens e o aumento recorde do desmatamento este ano são o resultado da política antiambiental do governo para a Amazônia, que ainda tenta usar a crise provocada pela covid-19 como uma cortina de fumaça para permitir ainda mais desmatamento, grilagem e garimpo na floresta. A única coisa que este governo está fazendo é colocando o clima e mais vidas em risco, especialmente as dos povos indígenas”, afirma Rômulo Batista, porta-voz da campanha de Florestas do Greenpeace Brasil.
Em junho de 2020, 2.248 focos de incêndio foram registrados na Amazônia, um aumento de 19,57% comparado a junho de 2019 (1.800) e o maior número registrado para o mês desde 2007. Entre 1º e 13 de julho, 1.057 focos de incêndio foram registrados no bioma. Atualmente, todos os focos de incêndio na Amazônia são considerados ilegais devido a um decreto, publicado essa semana, proibindo queimadas entre julho e setembro.
“Incêndios não ocorrem de forma natural na Amazônia. O fogo é ateado por fazendeiros e grileiros para remover a floresta ou quando ela já está derrubada e seca pelo sol, visando aumentar as áreas de pastagem ou agrícola, especulação de terras e grilagem. A prática se tornou ainda mais comum com a falta de fiscalização e desmantelamento dos órgãos ambientais promovido por este governo, pois gera a sensação de certeza da impunidade”, diz.
Segundo Batista, os invasores de terras esperam que o governo aprove leis e medidas que venham a conceder anistia da grilagem e desmatamento ilegal. “Como se não bastasse a ameaça do novo coronavírus, com a temporada de fogo os povos indígenas estarão ainda mais vulneráveis, pois a fumaça e a fuligem das queimadas prejudicam ainda mais sua saúde”, alerta.
Mesmo com a ameaça de saída de investidores e os impactos resultantes na reputação e a economia do país, a resposta do governo tem sido ineficiente: com orçamento de R$ 60 milhões por mês, a Operação Verde Brasil 2, via Garantia da Lei e da Ordem (GLO), não tem diminuído o desmatamento.
“As imagens da Amazônia em chamas em Mato Grosso são um claro exemplo de que a moratória do fogo não funcionará se não estiver acompanhada de um trabalho eficiente de comando e controle. Criminoso não é conhecido por seguir a lei. Não podemos nos enganar com a propaganda do governo, pois ela não resultará em proteção à floresta e seus povos”, acrescenta o porta-voz do Greenpeace Brasil.
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