ANA MARIA CAMPOS
Triste notícia para produtores, atores, diretores e espectadores: o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, o Bartô, decidiu cancelar, neste ano, o Festival de Cinema de Brasilia. Motivo: o caixa da pasta está zerado.
No orçamento da Secretaria de Cultura, havia R$ 3 milhões para o Festival de Cinema. Bartô acreditava que só gastaria metade com as despesas do evento. Mas mesmo esses recursos foram contingenciados pela Secretaria de Economia por causa do impacto da crise do novo coronavírus. “Hoje não consigo nem mesmo limpar os equipamentos públicos de uma pichação, por exemplo, porque não temos dinheiro “, acrescentou Bartô.
Segundo Bartô, a ideia de realizar o festival de forma remota, com exibição dos filmes no drive-in empolgou muita gente.
Também havia conversas com a Netflix, Amazon, Facebook e Instagram. “Estávamos, é certo, muito animados e com possibilidade de realizarmos um festival totalmente diferenciado, instigando, inovador, fazendo jus à sua tradição”, afirmou.
O evento ocorreria em outubro e agora a Secretaria de Cultura deveria lançar os editais para convocar os interessados na disputa e estabelecer regras de participação. “Porém, com o orçamento contingenciado, ficamos sem um tostão furado para realizá-lo. Já comuniquei ao Grupo de Trabalho que há duas semanas se encarregou do planejamento, que infelizmente iremos cancelar o Festival”, acrescentou.
O Festival de Cinema de Brasília é o mais tradicional do Brasil e só foi interrompido na ditadura militar
(nos anos de 1972, 1973 e 1974).