Weintraub, segundo esses assessores, é muito ligado aos integrantes do gabinete do ódio, que está no centro do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a disseminação de fake news com o intuito de destruir reputações e de defender ações antidemocráticas.
Não por acaso, dois filhos dos presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro, vêm defendendo a permanência de Weintraub no governo. Eles afirmam que o ministro tem uma longa ficha de “bons serviços” prestados ao governo.
A posição dos filhos, por sinal, está pesando mais na decisão de Bolsonaro sobre o futuro de Weintraub do que as queixas contra o ministro que o presidente vem recebendo de militares que participam do governo e de integrantes do Centrão, grupo politico ao qual o Palácio do Planalto recorreu em busca de apoio no Congresso.
Missão dada é missão cumprida
Ao presidente Bolsonaro, Weintraub diz que seguirá a missão que lhe for dada pelo chefe. Mas ele não esconde que gostaria de continuar à frente do Ministério da Educação, pois ainda não conseguiu cumprir o seu objetivo de “limpar as universidades da mentalidade esquerdista” que se consolidou nas instituições nos últimos 30 anos.
“Engana-se quem pensa que Weintraub está em baixa no governo”, diz um dos principais assessores do Palácio do Planalto. “Ele é muito bem-quisto pela família Bolsonaro. Os filhos do presidente elogiam muito a forma como o ministro defende o governo”, acrescenta.
Outro assessor diz que Weintraub “é leal” e merece todo apoio. “É essa lealdade que prevalecerá caso ele tenha que deixar o governo numa tentativa do presidente de reconstruir pontes com o STF e com o Congresso”, frisa.
Outro ponto importante que pesará no destino de Weintraub: o andamento das investigações do STF sobre fake news. Ele é um dos personagens principais de todas as linhas de apuração, assim como Carlos e Eduardo Bolsonaro.
Brasília, 13h01min