Embaixador da Itália no Brasil, Francesco Azzarello diz que o comércio de vinhos entre os dois países poderia ser ainda maior não fosse a elevada taxa de importação sobre a bebida imposta pelo governo. Ele ressalta que a mesma garrafa de vinho que é vendida por cerca de 3 euros (R$ 20,50) na Itália custa, no Brasil, 25 euros (R$ 170). “O excesso de tributos cria distorções como essa”, afirma.
Para o diplomata, “o vinho ainda é visto no Brasil como um artigo de luxo”, o que é erro, pois, “além de fazer bem à saúde, se tomado sem exagero, “tem importância cultural”. No entender dele, é importante mudar essa visão, até porque isso ajudará a incrementar a produção da bebida no país, que vem deslanchando, com crescimento ano após ano. O Brasil é o 14º consumidor de vinho do mundo.
“Posso garantir que a qualidade dos vinhos brasileiros melhorou muito. Com certeza, podem participar de todas as competições internacionais”, ressalta Azzarello. O mesmo se pode dizer dos espumantes brasileiros, que vêm conquistando o paladar de consumidores mundo afora.
No início deste mês, na tentativa de abrir mercados no Brasil, a embaixada promoveu um festival com vinhos de 12 regiões italianas. Também participaram do evento três vinícolas brasileiras de origem italiana. “Servimos vinhos italianos com comida brasileira e vinhos brasileiros com comida italiana. Foi uma combinação perfeita”, garante o embaixador.
Brasília, 20h08min