Vendas no varejo crescem 1% em julho e surpreendem mercado

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ROSANA HESSEL

As vendas no varejo em julho ficaram acima das expectativas do mercado. Cresceram 1,0% em relação a junho na série com ajuste sazonal, conforme dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgados nesta quarta-feira (11/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês de 2018, a alta foi de 4,3%.

Na avaliação do economista-chefe da Necton Investimentos, os dados da PMC surpreenderam o mercado, pois ficaram acima das expectativas. “A mediana das projeções era de 0,2%, na comparação mensal, e 2,2%, variação na anual. Houve melhorias generalizadas onde destacamos o crescimento de 1,6% de móveis e eletrodomésticos. O comércio varejista ampliado também subiu com o impulso de venda de materiais de construção”, afirmou.

De acordo com os números da PMC, julho registrou o terceiro resultado positivo seguido na comparação mensal, e, com esse resultado, o setor varejista recuperou o patamar de vendas próximo ao de junho de 2015. Contudo, o segmento ainda se encontra 5,3% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2014. A média móvel do trimestre encerrada em julho, de 0,5%, mostrou aceleração no ritmo das vendas ao ser comparada à registrada no trimestre encerrado em junho, de 0,1%.

Os dados do varejo ampliado do IBGE, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, indicam que o volume de vendas cresceu 0,7% no mês passado em relação a junho de 2019. Foi a quinta expansão seguida, acumulando 3,0% de ganho nesse período. “Frente a julho de 2018, o comércio varejista ampliado avançou 7,6%, quarta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 3,8% de janeiro a julho de 2019. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 3,7% em junho para 4,1% em julho, também mostrou ganho de ritmo nessa comparação”, informou a nota do IBGE.

Sete das oito atividades pesquisadas pelo órgão tiveram resultados positivos em julho, contribuindo para a composição da taxa de 1,0% do comércio varejista. As principais pressões positivas foram exercidas por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), setor de maior peso, Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%).

Vicente Nunes