De acordo com a CNDL, o desemprego e renda achatada são os responsáveis pelo resultado negativo. “A conjuntura econômica atual, que inibe a melhora da confiança do consumidor e vem provocando uma reversão nas expectativas de saída da crise, tem freado uma retomada mais consistente do comércio”, informou a entidade.
Em pesquisa anterior, a CNDL mostrou que mais da metade dos consumidores (59%) pretendiam realizar compras à vista e 39% tinham a intenção de parcelar os pagamentos. Em 2018, as vendas cresceram 3,08% em relação ao ano anterior.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o desaquecimento das vendas continua refletindo o cenário de dificuldades em voltar ao patamar de crescimento anterior à recessão econômica.
“Com o mercado de trabalho enfraquecido e a renda comprimida, observa-se um comportamento de compras mais cauteloso por parte do brasileiro. Nem mesmo o apelo comercial das datas comemorativas, que tradicionalmente impulsiona o varejo, está sendo suficiente para despertar o apetite de consumo das famílias”, destacou.
Apesar disso, um estudo da Ebit, que calcula informações sobre o comércio eletrônico brasileiro, mostrou que a data faturou R$ 2,2 bilhões neste ano. O crescimento é de 24% em relação ao mesmo período do ano passado (28 de maio e 11 de junho), quando ocorreu a greve dos caminhoneiros.
“Embora o tíquete médio tenha sofrido uma variação negativa de 17%, com valor de R$ 384, o número de pedidos cresceu 50% em relação ao ano passado, com a impressionante marca de 5,7 milhões de pedidos”, informou a Ebit.
Dentre as categorias campeãs de pedidos estão: Perfumaria & Cosméticos (19,9%), Moda & Acessórios (18,2%), Casa & Decoração (10,3%), Eletrodomésticos (9,4%), Informática (5,9%), Telefonia & Celulares (4,8%), Esporte & Lazer (4,1%), Alimentos & Bebidas (3,8%), Eletrônicos (3,2%) e Livros (3,1%).
Brasília, 13h24min