De acordo com os dados da Economática, com base nos demonstrativos financeiros disponíveis em 2021, o montante distribuído em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) pelas demais empresas listadas na B3 foi de R$ 145,2 bilhões. Esse é o maior valor já desembolsado pelas companhias de capital aberto na B3, segundo a consultoria. “Esse volume é 76% superior ao do ano de 2020 e 22,4% superior ao de 2019. Em 2020, foram distribuídos R$ 82,5 bilhões em dividendos e JCP”, destacou o documento assinado por Einar Rivero, gerente de Relacionamento Institucional da Economática.
Se a proposta de taxação de dividendos prevista na reforma do Imposto de Renda tivesse sido aprovada, o governo teria arrecadado R$ 21,9 bilhões taxando apenas os acionistas da Vale e da Petrobras, considerando a alíquota de 15% aprovada na Câmara dos Deputados. Outros R$ 21,7 bilhões seriam provenientes dos tributos recolhidos pelos acionistas das demais companhias abertas na Bolsa, resultando em uma receita extra de R$ 43,6 bilhões que poderiam ser recolhidos aos cofres públicos neste ano. Esse número não considera o fim do JCP, conforme o previsto na proposta do Executivo.
Ranking
De acordo com os dados da consultoria, a Vale lidera o ranking de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio em 2021 no Brasil, totalizando R$ 73,3 bilhões, dado 291,98% superior aos R$ 18,7 bilhões pagos aos acionistas em 2021.
Em seguida, a listagem tem a Petrobras na vice-liderança, com R$ 72,7 bilhões em pagamento de lucros aos acionistas, volume 1.001% superior aos valores de 2020.
O terceiro lugar no ranking ficou com a Ambev, com R$ 11,11 bilhões em pagamentos aos acionistas, seguida pelos bancos Santander e Bradesco, com R$ 9,99 bilhões e R$ 9,91 bilhões, respectivamente.
Veja, abaixo, o quadro detalhado com as 25 empresas que mais distribuíram dividendos e JCP em 2021: