Richard Nunes acredita que ele é o próprio interventor, que está acima do general Braga Neto, que foi nomeado interventor pelo presidente Michel Temer. Quem acompanha o dia a dia do processo, garante que o secretário é a pedra destoante da intervenção.
A maior queixa contra Richard Nunes é a de que ele não ouve nenhum dos secretários que formam o Gabinete de Intervenção, e alardeia para quem quiser ouvir que ele tem o aval do Braga Neto para fazer o que quiser. Ninguém o enfrenta, não se sabe se por medo ou outra coisa.
Um secretário que faz parte da intervenção diz que Richard Nunes, de tão estrela, é do tipo que, se “alguém abrir a geladeira e a luz acender, pergunta qual emissora é”.
A equipe de Temer e alguns candidatos ao governo do Rio e à Presidência da República já mostraram incômodo com o secretário de Segurança, por ele dar como certo o fim da intervenção em 31 de dezembro, como previsto.
Todos os outros secretários e técnicos garantem ser necessária uma troca de informações, uma transição feita com calma. “Caso contrário, tudo irá por água abaixo”, ressalta um dos integrantes do time do general Braga Neto.
Enquanto o secretário se empanturra com seu ego, os bandidos aprontam. Ele está devendo um resultado muito melhor do que apresentou até agora à população, que se sente totalmente desprotegida.
Talvez se Richard Nunes se dedicasse mais a suas funções e se preocupasse menos em mostrar um poder que não tem, haveria motivo para os moradores do Rio acreditarem que a intervenção foi realmente um bom negócio.
Brasília, 21h10min