O projeto faz parte da Cúpula pela Democracia, que reúne líderes internacionais para analisar os desafios enfrentados pelos sistemas democráticos, combater o autoritarismo e a corrupção e avançar na proteção dos direitos humanos. O encontro é uma iniciativa do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden .
A iniciativa prevê uma série de competições de startups e scaleups em diferentes regiões do mundo em 2022 para identificar empreendedores que trabalham no desenvolvimento de tecnologias que protejam a democracia.
A IE University, que tem sede na Espanha, trabalhará com pesquisadores, investidores e empresários internacionais para identificar as principais inovações em áreas como gerenciamento de dados na política, responsabilidade em inteligência artificial e aprendizado de máquina, combate à desinformação, defesa da transparência e acessibilidade de dados e serviços governamentais.
O projeto será desenvolvido por meio de três centros da instituição acadêmica: o Center for the Governance of Change, de pesquisa aplicada, que atua na governança de tecnologias emergentes; o PublicTech Lab, que trabalha para promover o uso da tecnologia no setor público; e o Centro de Empreendedorismo, que busca promover o empreendedorismo.
Inovação em benefício da população
“Como uma instituição acadêmica global, comprometida com os valores da democracia e da diversidade, é um privilégio para a IE University contribuir com o esforço do presidente Biden para promover tecnologias que consolidem a democracia”, diz Manuel Muñiz, reitor da instituição.
Para o professor, “universidades e instituições acadêmicas devem promover a inovação que melhore a vida das pessoas. Além disso, a tecnologia deve respeitar valores democráticos fundamentais, como privacidade, igualdade ou não discriminação, e defender direitos como liberdade de expressão ou voto. Esses valores são compartilhados por instituições acadêmicas como templos de ensino superior, a livre troca de ideias e pesquisas”.
Eric Lander, consultor científico de Biden e diretor do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, defende a inovação para promover tecnologias que consolidem valores democráticos, incluindo privacidade, liberdade de expressão, acesso à informação, transparência, justiça, inclusão e equidade.
“Não temos garantia de que uma determinada tecnologia apoie valores democráticos. Exige vigilância e compromisso constante. Nós, cidadãos, temos que garantir que a tecnologia seja desenvolvida e usada com responsabilidade. Essa é nossa solene obrigação”, acrescenta Lander.
Brasília, 15h01min