Um mês já se passou e a Polícia Civil do Distrito Federal ainda não conseguiu identificar quem estava no barco da suruba no Lago Paranoá. Suspeita-se que um dos participantes do sexo grupal presenciado por quem estava às margens do lago seja um figurão ligado ao Judiciário.
Segundo policiais, nenhuma denúncia formal chegou aos investigadores, que também não conseguiram checar quem é o dono da embarcação. O caso está sendo tocado pela 10ª Delegacia de Polícia (DP), no Lago Sul, a região mais nobre da capital do país.
Grupo ignora isolamento social e é flagrado fazendo sexo no Lago Paranoá https://t.co/wjBkaLeEKw pic.twitter.com/gGwNBRUTWY
— Correio Braziliense (@correio) July 2, 2020
Pelas informações que chegaram à polícia, pelo menos oito moradores do Distrito Federal tiveram as imagens relacionadas às fotos e aos vídeos da suruba que circularam pelas redes sociais. Nenhum deles admitiu ter participado do sexo grupal.
A polícia ouviu algumas pessoas que foram apontadas como possíveis participantes do sexo grupal em área pública. Mas elas se queixaram de que estavam sendo vítimas de fake news e que jamais estiveram naquela embarcação. Afirmaram ainda que estavam sofrendo constrangimentos na internet.
Sexo, churrasco e jet ski
Uma dessas pessoas é uma mulher, que registrou queixa na 20ª DP. Um homem fez o mesmo, mas na 19ª DP. A alegação de ambos foi a de que tiveram as imagens associadas a reproduções dos vídeos da suruba. Além de cenas de sexo, estariam participando de um churrasco no barco e andando de jet ski.
Policiais são céticos quanto ao avanço das investigações, pois um mês já se foi e, mesmo com toda a repercussão do caso, não houve denúncias consistentes que pudessem levar aos participantes da suruba. De qualquer forma, o inquérito continua aberto.
Caso a polícia consiga fazer as identificações, os participantes do sexo grupal em local público podem responder por atos obsceno. O Código Penal prevê detenção de três meses a um ano ou multa para “quem praticar atos obscenos em lugar público, aberto ou exposto ao público”.
Nenhum dos participantes da suruba estava de máscara na embarcação, o que, também no caso de identificação, pode resultar em multa de R$ 2 mil por pessoa.
Brasília, 18h23min