Os ministros avaliaram o caso de uma paralisação de funcionários da Eletrobras, ocorrida em junho do ano passado. O governo de Michel Temer anunciou que tinha a intenção de vender a estatal, levando a discussão, inclusive, para o Congresso Nacional. A desestatização não foi concretizada.
Pelo entendimento da Corte, caso os trabalhadores de estatais façam greve, eles poderão ter os salários descontados. Os magistrados avaliaram por quatro votos a dois que a greve não pode ter objetivos políticos, apenas causas trabalhistas.
Apoiaram a tese os ministros Ives Gandra, Renato Lacerda Paiva, Aloysio Corrêa e Dora Maria da Costa. O relator Maurício Godinho e a ministra Kátia Arruda discordaram. Segundo eles, a greves contra as privatizações podem ocorrer pela manutenção de empregos.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também tem a intenção de vender empresas públicas, incluindo a estatal de energia. O próprio secretário de Privatizações da pasta, Salim Mattar, afirmou que pretende ofertar todas à iniciativa privada, com exceção da Petrobras, do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF).
No caso da Eletrobras, a greve poderia ocasionar o desabastecimento de energia em todo o país.
Brasília, 19h45min