Foto: Isac Nobrega/PR.
A escolha de Madureira para o comando da Andifes está praticamente fechada e deverá ser ratificada em eleição nesta quinta-feira (30/07). Madureira, que, atualmente, é primeiro vice-presidente da associação, tem um longo histórico com partidos de esquerda. Foi, inclusive, candidato a deputado federal pelo PT.
Quem conhece o futuro presidente da Andifes garante que ele é muito aberto ao diálogo, um especialista em negociação. Mas isso não impede que a relação das universidades federais com o governo federal piore ainda mais. O pensamento reinante no comando do Ministério da Educação é de que tais instituições foram cooptadas pela esquerda, e isso precisa mudar.
É verdade que o maior problema nas relações entre as universidade federais e o Ministério da Educação se chamava Abraham Weintraub, que ganhou de presente do presidente Jair Bolsonaro uma vaga no Banco Mundial, posto que, por sinal, ainda não conseguiu assumir por resistências dentro da instituição multilateral.
Educação precisa ser prioridade
Uma boa relação entre o governo federal e as universidades é vital para o país. Desde que Bolsonaro tomou posse, o embate prejudicou o funcionamento das instituições, que, agora, estão tendo que lidar com os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Quanto mais próximos forem o ministério e a Andifes, maior será a convergência em torno de políticas que facilitem a retomada do ensino superior no país. Os alunos, que já estão sofrendo com a suspensão das atividades escolares, precisam ter tranquilidade e regras claras para voltar à normalidade.
Infelizmente, há um ano e sete meses, a educação deixou de ser prioridade no país em função de uma disputa ideológica que só empurra o país para o atraso.
Brasília, 18h46min