O órgão também anunciou a reabertura para a emissão do título de 30 anos, o Global 2050, atual benchmark dos papéis do governo brasileiro. Essa á primeira vez emissão em moeda estrangeira do órgão no ano. A última ocorreu em dezembro de 2020, quando o Tesouro realizou a reabertura de três papéis com vencimentos em cinco anos (Global 2025), em 10 anos (Global 2030) e em 30 anos (Global 2050).
O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.
De acordo com o economista Sérgio Goldenstein, chefe da área de estratégia da Renascença DTVM, não houve surpresa no mercado com o anúncio. “O Tesouro Nacional acessa o mercado internacional algumas vezes por ano. O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”, acrescentou.
A operação foi liderada pelos bancos Bradesco BBI, Goldman Sachs e HSBC. Os títulos foram emitidos no mercado global. O resultado foi divulgado no fim do dia pela Tesouro. Segundo o órgão O Global 2031, com vencimento em 12 de setembro de 2031, foi emitido no montante de US$ 1,5 bilhão, com cupom de juros de 3.750% ao ano, cujo pagamento será realizado em 12 de março e 12 de setembro de cada ano. A emissão foi realizada ao preço de 98,948% do seu valor de face, resultando em uma taxa de retorno para o investidor de 3,875% anuais, que corresponde a um spread de 240,2 pontos-base acima dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Já o bônus Global 2050, com vencimento em 14 de janeiro de 2050, teve seu volume ampliado em US$ 750 milhões, atingindo um volume total em mercado de US$ 4 bilhões. O título possui um cupom de juros semestrais de 4,750% anuais, com pagamentos previstos para os dias 14 de janeiro e 14 de julho de cada ano. De acordo com o Tesouro, a emissão foi realizada ao preço de 97,333% do seu valor de face, resultando em uma taxa de retorno para o investidor de 4,925% ao ano, que corresponde a um spread de 282,5 pontos-base acima dos títulos dos EUA.