Os escolhidos foram os procuradores Nicolao Dino, que recebeu 621 votos, Raquel Dodge (587) e Mario Luiz Bonsaglia (564). A tendência, segundo fontes do Planalto, é de que Temer opte por Raquel ou Bonsaglia, uma vez que Dino é muito ligado a Jato, hoje, o principal algoz do presidente da República. A expectativa é de que Temer anuncie a escolha ainda esta semana, como forma de criar um contraponto a Janot, que tenderia já a ser tratado como ex-PGR.
Segundo informou Robalinho a Temer, a eleição deste ano teve participação recorde de votantes. Foram 1.108 procuradores, o correspondente a 85% da carreira. Isso, no entender do presidente da ANPR, dá muita legitimidade ao processo. Robalinho acredita que o chefe do Executivo optará por um dos três integrantes da lista tríplice, apesar de alguns aliados do peemedebista indicarem que ele recorrará a outro nome fora da lista, quebrando uma tradição que vem desde 2003.
Ao receber Robalinho no Planalto, Temer tentou passar um sinal amistoso à Procuradoria-Geral da República, a despeito de toda a raiva acumulada contra Janot, a quem acusou de receber recursos da JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que teriam obtido muitas facilidades no processo de elação. Participaram do encontro de Temer com Robalinho, os ministros da Justiça, Torquato Jardim, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, além do presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira.