Temer afirmou que o governo cedeu na maior parte dos pleitos encaminhados pelos caminhoneiros, mas um grupo não está cumprindo o acordo, que passa pela liberação imediata das estradas. Os bloqueios estão provocando desabastecimentos de alimentos e de combustíveis, prejudicando hospitais e levando escolas a suspenderem aulas e aeroportos a cancelarem voos.
Estão sendo acionadas as Forças Armadas, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Temer pediu aos governadores que também coloquem a Polícia Militar para reforçar as operações de liberação das estradas. “Tivemos a coragem de negociar. Agora, teremos a coragem de usar as forças de segurança”, avisou. “Não vamos permitir que a população fique sem produtos de primeira necessidade. Não vamos permitir que consumidores fiquem sem produtos. Não vamos permitir que crianças fiquem sem escolas. Vamos garantir o abastecimento. Vamos garantir a livre circulação”, enfatizou.
Temer ressaltou que a grande maioria dos caminhoneiros cumpriu o acertado com o governo. Porém, um grupo pequeno, mas radical, mantém estradas de 25 estados e do Distrito Federal fechadas, deixando a população em pânico e prejudicando o trânsito de mercadorias e impedindo a produção.
O presidente listou uma série de concessões feitas aos caminhoneiros: redução de 10% no preço do diesel, correção do preço do combustível a cada 30 dias para dar previsibilidade aos motoristas, garantia de que 30% dos caminhoneiros independentes transportem cargas da Conab e redução a zero da Cide que incide sobre o diesel. Algumas dessas medidas foram acertadas com o Congresso, que precisa avalizá-las.
Como, apesar dessas concessões, a greve continua, provocando o caos pelo país, Temer disse “que implantou um plano de segurança federal” para restabelecer a ordem. “Quem bloqueia estradas age de maneira radical e será responsabilizado”, afirmou, pois atos como esses prejudicam a população.
Temer ressaltou que confia que cada caminhoneiro cumpra a sua parte no acordo fechado com o governo, porque ele terá a coragem de fazer o que for necessário para retomar o controle da situação e de exercer a sua autoridade em defesa do povo.
Brasília, 13h36min