A descoberta do esquema de corrupção que lesou servidores públicos em créditos consignados levantou suspeitas sobre o sistema de empréstimos com desconto em folha de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Não se pode esquecer que Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência Social, foi obrigado a prestar depoimento de forma coercitiva dentro da Operação Custo Brasil, acusado de receber 5% da propina do esquema montado pela Consist no Ministério do Planejamento, sob o comando de Paulo Bernardo, que está preso.
Aposentados e pensionistas do INSS devem R$ 92,4 bilhões aos bancos, segundo o Banco Central. Nos 12 meses terminados em abril, esses empréstimos apontaram crescimento de 12,6%, o maior entre todas as modalidades acompanhadas pelo BC.
Mesmo com as suspeitas, a Previdência informa que os procedimentos relativos ao crédito consignado de aposentados e pensionistas são executados exclusivamente pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). A pasta ainda detalha que nunca teve contrato, convênio ou recebeu consultoria da Consist.