O entendimento dos ministros do STJ foi a de que Queiroz e Márcia estão presos há mais de nove meses sem que o decreto de prisão tenha sido ratificado, o que descumpre norma prevista na Lei Anticrime, que estabelece revisão de prisões preventivas a cada 90 dias. Queiroz era assessor do agora senador e teria movimentado pelo menos R$ 1,2 milhão das rachadinhas. Ele é visto pelo Ministério Público como operador do esquema.
Chamou a atenção de quem acompanhou o julgamento a presença do advogado Frederick Wassef no Tribunal. Ele é chamado de “anjo” pela família Bolsonaro e escondeu Fabrício Queiroz em seu sítio em Atibaia. Queiroz foi encontrado pela polícia, ficou dias atrás das grades, mas ganhou o direito de prisão domiciliar do Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, o ministro Gilmar Mendes, que concedeu o benefício, terá de ratificar a decisão do STJ para que o ex-assessor de Flávio ganhe a liberdade.