» Sem tirar o mérito do debate promovido pelo Banco Central ontem sobre spread bancário, muitos dos presentes ficaram se perguntando quantas vezes já assistiram à mesma discussão nos últimos anos, sem que se chegasse a nenhum resultado, e sempre com os mesmos personagens.
Por enquanto, boas intenções
» O primeiro grande trabalho sobre o spread, que corresponde à diferença entre o que os bancos pagam aos investidores e cobram dos devedores, foi feito quando Armínio Fraga era presidente do BC e Ilan Goldfajn, diretor. No encontro de ontem, Armínio era um dos debatedores e Ilan, o presidente do Banco Central.
Esperança dos novatos
» O tema também ocupou parte da agenda do hoje ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, quando comandou o BC. Nada de concreto foi apresentado àquela época. Como debatedor, só criou esperança entre os que assistiam ao debate pela primeira vez.
Perguntas sem respostas
» Entre os mais céticos, o questionamento foi um só: quais são as garantias de que, desta vez, o BC conseguirá pôr fim às aberrações que levam os spreads brasileiros a serem, de longe, os maiores do mundo? O que deu errado no meio do caminho? Quantos anos mais serão necessários para que o custo do crédito caia para níveis civilizados?
Brasília, 04h01min