Em 2016, 16.623.411 pessoas estavam ligadas oficialmente a siglas em todo o país. No ano que passou, em números contabilizados até novembro, eram 16.709.232 — um aumento de 85.821. De 2015 para 2016, o crescimento foi de 780.886, e a média dos últimos cinco anos é de 316.574 novas filiações.
A iniciativa de várias legendas de mudar os nomes, especialmente, retirando a palavra “partido”, ainda não surtiu efeito. As sopas de letrinhas foram substituídas por palavras de motivação como Podemos, Avante e Novo, mas as legendas precisarão mostrar muito mais que isso para convencer o eleitor de que, a partir de agora, o foco é fazer uma nova política.
Alternativa à esquerda…
Quem mais se deu bem no número de filiações em 2017 foi o PSol, que cresceu de 122.505 para 147.220 filiados — um salto de 24.715 novos associados. Muitos acreditam que o descrédito com o PT tenha levado eleitores alinhados à esquerda a migrarem para o PSol.
…Ou à direita
O segundo colocado na lista dos campeões de novos associados é o Solidariedade. O partido do deputado federal Paulinho da Força (SP) conquistou 19.193 pessoas, número bem à frente do terceiro do ranking, o PSDB, com 10.223 a mais na conta.
Vida orgânica
Principais líderes do PSol atribuem o crescimento a um trabalho de base, com o estímulo à juventude e à abertura para todos opinarem sobre os rumos da legenda. “É um partido orgânico, que se organiza sempre e não só em ano eleitoral. Não existe decisão imposta por cacique. Tudo é fruto do conjunto”, comenta o deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ).
O desgaste
No outro lado da tabela, entre os partidos que mais amargaram perda de associados, está a maior legenda do país: o PMDB, agora MDB. Com quase 2,4 milhões de filiados e 14,3% do eleitorado brasileiro, a sigla do presidente Michel Temer perdeu 4.676 associados.
Brasília, 06h40min