“Situação do INSS é muito difícil”, diz novo presidente

Publicado em Economia

Servidor público há 33 anos, funcionário de carreira da Advocacia-Geral da União (AGU), Edison Garcia terá a dura missão de arrumar a casa no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Nos últimos meses, o órgão, responsável pelo pagamento de mais de 32 milhões de benefícios, se envolveu em sérias denúncias de corrupção, que culminaram com a queda de Francisco Lopes, indicado pelo PSC, do cargo.

 

“A situação no INSS está muito difícil”, diz Garcia. Mas, com um trabalho técnico e responsável, ele acredita que será possível superar as dificuldades. Garcia atuava, havia quatro meses, como procurador-chefe do INSS. Portanto, sabe muito bem todos os problemas enfrentados pelo instituto.

 

A escolha de Garcia para a presidência do INSS passou por uma costura entre a Casa Civil, a AGU e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), ao qual o instituto está subordinado. A opção foi por um técnico com amplo conhecimento jurídico. Garcia foi procurador da República por muito tempo e atuou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 

A mais recente polêmica do INSS foi o pagamento de R$ 8,8 milhões por um contrato com uma empresa de tecnologia, a RSX Informática, com sede em um depósito de bebidas em Brasília. A empresa, por determinação do então presidente do instituto, Francisco Lopes, recebeu, antecipadamente, R$ 4,4 milhões.

 

Lopes tentou explicar o inexplicável. Acabou caindo logo após o caso se tornar público. Nem mesmo o partido dele, o PSC, quis protegê-lo. Disse que a nomeação de Lopes não havia passado pelo comando da legenda. Para não prolongar a crise, o presidente Michel Temer mandou demiti-lo.

 

Brasília, 19h05min