Setor de serviços ainda não saiu da crise econômica, diz IBGE

Publicado em Economia

HAMILTON FERRARI

O setor de serviços ainda não conseguiu se recuperar da crise econômica. Pelo quarto ano consecutivo, o volume tombou novamente em 2018. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na manhã desta quinta-feira (14/2), houve recuo de 0,1% na atividade do setor no último ano.

 

Após o período de quatro anos consecutivos de perdas, o setor tem retração de 11,1%. No último resultado do último ano, de dezembro, os serviços registraram leve alta de 0,2% em comparação com novembro.

 

Das cinco atividades pesquisadas do instituto, duas puxaram a queda em 2018. Entre os grupos, os serviços profissionais, administrativos e complementares retraíram 1,9% no último ano, representando o principal impacto negativo sobre o índice. Os serviços de informação e comunicação também caíram 0,5%, explicado, principalmente, pela menor receita recebida pelas empresas do ramo de telecomunicações.

 

Em contrapartida, os segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,2%), de outros serviços (1,9%) e de serviços prestados às famílias (0,2%) cresceram em 2018.

 

Observando as 27 unidades da federação, os serviços recuaram em 23. O principal impacto negativo, em termos regionais, ocorreu no Rio de Janeiro (-3,2%). Houve forte recuos ainda no Ceará (-7,1%), na Bahia (-3,3%), no Paraná (-1,7%) e no Rio Grande do Sul (-1,7%). Na contramão, São Paulo (2,1%) tentou puxar uma retomada do setor em 2018.

 

As atividades turísticas cresceram 2,0% frente a igual período do ano passado. Regionalmente, oito dos 12 locais investigados também registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,1%), Pernambuco (4,4%), Ceará (6,6%) e Minas Gerais (1,3%). Já Rio de Janeiro (-3,4%) e Paraná (-5,9%) tiveram as principais influências negativas.

 

Brasília, 9h20min