Em parte dos postos do DF, o litro da gasolina já está sendo vendido por mais de R$ 4. No Setor de Indústrias Gráficas (SIG), na Asa Norte e no Sudoeste, quem for abastecer o carro terá que desembolsar R$ 4,159 pelo combustível.
Gerentes de postos dizem que é questão de dias para que todos os postos estejam cobrando mais de R$ 4 pela gasolina. Eles ressaltam que a Petrobras está se aproveitando da ligeira recuperação do consumo para recompor os preços dos combustíveis nas refinarias.
“Nos postos, não está sendo diferente”, diz um gerente. Ele afirma que os postos perderam muito dinheiro desde o início da pandemia do novo coronavírus. Em alguns estabelecimentos, o consumo caiu até 80% durante o período mais duro da quarentena. “Agora, o momento é de recuperar terreno”, emenda.
Alta nas refinarias
Para os consumidores, é um abuso os postos reajustarem tão rapidamente os preços da gasolina. “Há um mês, era possível encher o tanque com o litro a quase R$ 3. Ou seja, em 30 dias, o litro da gasolina ficou pelo menos R$ 1 mais caro”, diz o servidor público Célio Silva, 40 anos.
Para reajustar os preços dos combustíveis nas refinarias, a Petrobras usa como referência as cotações do dólar, que estão acima de R$ 5, e do petróleo no mercado internacional, que voltaram a rodar próximo dos US$ 40 o barril.
Em alguns momentos da pandemia, com as estradas vazias, a Petrobras chegou a ter dificuldade para estocar o excesso de gasolina. Com as atividades econômicas sendo liberadas em várias partes do país, a demanda por combustíveis cresceu. A estatal sentiu-se mais confortável pela forçar a mão e reforçar seu caixa.
Brasília, 10h44min