Semana começa com gasolina a R$ 3,129 no SIG

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HAMILTON FERRARI

As filas para postos de gasolina tomaram conta de Brasília. Após ter duas reduções na semana passada, os estabelecimentos diminuíram novamente nesta segunda. O menor preço está no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), com o litro a R$ 3,129. Dos 28 postos visitados pelo Blog, 22 vendiam gasolina por menos que R$ 3,20. A expectativa dos consumidores é que haja novas quedas.

No Eixinho Norte é frequente ver filas de esperas na via. As reduções ocorrem diariamente nos estabelecimentos. Há casos em que postos baixam o valor durante o dia para não perderem a clientela para a concorrência. “Temos que ter o preço melhor do que o do vizinho, porque senão os motoristas não vão encher aqui”, disse o gerente de um posto. Segundo ele, desde o início das promoções as vendas de combustível passou de 10 mil para 30 mil litros diários.

A queda também pode ser resultado da diminuição do combustível vendido nas refinarias da Petrobras, anunciado na última quarta-feira.  A gasolina caiu R$ 0,03 por litro, exatamente o valor sinalizado pela estatal.

O efeito da disputa é visível. Estabelecimentos que têm histórico de cobrar mais caro foram forçados a cortar os preços para se manterem ativos. Há quase um mês o valor mínimo estava à R$ 3,25, 13 centavos mais caro. Nesse mesmo período, postos derrubaram os preços em até 22 centavos para continuarem no mercado. Para o consumidor, a economia é de R$ 22 para cada abastecimento de R$ 100.

A servidora Izalva Pereira da Silva, 45 anos, contou que, devido às quedas nos preços, economizou 30% do que gastava anteriormente. Antes, a funcionária pública gastava quase R$ 1.200 por mês e passou a pagar R$ 900. “Um alívio de R$ 300. Mas para conseguir é preciso fazer uma pesquisa de preço e encontrar o que estiver mais em conta”, disse.

A venda de gasolina hoje no Plano Piloto muito se difere do que ocorria há dois anos, quando o cartel tomava conta do mercado. Hoje há uma a disputa pelo menor preço e o estabelecimento que não seguir está assinando a própria falência. A gasolina do DF tem o segundo menor preço do país, perdendo apenas para São Paulo.

“É preciso baixar ainda mais, porque esse cartel dos postos tirou muito dinheiro do bolso dos brasilienses. Por isso eu só compro no que tem o menor valor”, disse Lindemberg Freitas, 29 anos, bacharel em Direito, que abasteceu a R$ 3,129.

Vicente Nunes